sábado, 14 de maio de 2011

Adeus a Setúbal

Parto amanhã. Tenho pela frente uns largos meses de solidão...
Aqui, em Setubal, o tempo está tão quente que me torna mais fácil o partir...
Adeus sensação de familiaridade,adeus conversas com conhecidos, conversas do acaso.... and signifying nothing....
Adeus maninhas, os encontros em casa da São eram tão bons!...
Adeus largo da Ribeira Velha e os lanches tomados na sombra fresca do carvalho
Adeus parque, avenidas sombreadas e frescas, onde caminhava com a Daisy....
Adeus Castelo e o pequeno almoço tomado à janela e olhando para o horizonte...

sexta-feira, 29 de abril de 2011

Era hoje que ELA fazia anos. Se fosse viva teria agora 98 anos...
Sim, é isso mesmo, a minha mãe nasceu em 1913.
Apetece-me cantar uma balada antiquissima e bela como o amor. Mas não sei nenhuma. Em vez dela, vem-me não sei de onde estes versos singelos:

«Ó,ó .....menina da avó/
Varre-lhe a casa/
Sacode-lhe o pó.../
Ó, ....ó......»

sexta-feira, 18 de fevereiro de 2011

Nada a dizer. Deixo falar o silêncio.

Ch...ch...ch...tztztz...
A chuva e o vento lá fora.

domingo, 31 de outubro de 2010

M. Vargas L.

,,,É 1h da manhã do dia 1 de novembro. Fui para a cama cedo mas o sono desapareceu-me dos olhos depois de ler umas páginas do livro de Mário Vargas Llosa que comprei há uns dois dias.
De certo modo não gosto muito dele . Parece um homem frio, um (d)escritor de situações objectivas, sem a minima paixão, mesmo quando fala delas. Falta-lhe sentimento; falta-lhe ardor, compromisso, coração...
Gosto de escritores que amam e sofrem e se entregam.
Mas acima de tudo gosto de ler e só por isso lhe agradeço o prazer que me dá...

quinta-feira, 23 de setembro de 2010

Tenho um cansaço maior do que eu.

domingo, 18 de julho de 2010

domingo

A Daisy não me deixava ler a porcaria dos papeis publicitários que fomos buscar ao correio... por isso entrei na sala e fechei a porta.
Aqui está um ambiente fresco, repousante. Tudo arrumado, a luz entra pelas persianas semi abertas.
Silêncio.
Olho o verde das plantas.
Apetece-me ouvir música - talvez Mozart ou os Gottan Project...

Nada como o sono leve da manhã para, num breve sonho, termos a percepção lúcida, nitida e precisa do que foi a nossa vida e dos pontos onde erràmos... ou não...
Quem me dera que o passado não fosse tão irremediavelmente perdido!

terça-feira, 15 de junho de 2010

A rapariga do supermercado

Vi-a quando estava quase a sair. Tinha uma pele dourada de sol, o cabelo loiro e a energia da juventude. O homem que estava atrás de mim olhava-a longamente.
Ela falava ao telefone com alguém e ria divertida junto da montra de cremes bronzeadores, sentindo-se incapaz de escolher um.
O dia estava quente e a hora já tardia obrigava-me a regressar a casa onde me esperavam as tarefas habituais e enfadonhas.

(Por vezes acontece-me que o cinzento dos dias são surpreendentemente iluminados por quadros como este e se transformam em coisas boas cheias de luz e de sentido.
Quem precisa de mais? )