terça-feira, 11 de dezembro de 2007

As longínquas tardes de Lisboa

Nos filmes policiais os bons apanham sempre os maus que são invariavelmente castigados.
Que simplicidade de vida!
Na minha não tem sido assim. Há maus que escapam sempre, faça eu o que fizer... (também não sou polícia...)
Tenho vivido sempre mais ou menos atormentada, sempre culpada de não fazer tudo o que me puseram no programa.
Aqui atingi a calma plena. Ninguém me atormenta, ninguém me diz o que fazer. Redescubro a liberdade. Voltei ao meu passado longínquo sem culpas.
Que maravilhosa sensação!
Depois do almoço, meti-me no carro e fui visitar a minha amiga F. e fomos lanchar depois de pequeno passeio, nós e o neto dela. O tempo estava fresco, mas eu nem sequer precisei de levar o casaco vestido. Ela levou-me a uma pastelaria onde, de facto, se estava muito bem. Lembrei-me daquelas pastelarias que nós descobríamos em Lisboa , onde nos invadia uma leve sensação de solidão e era ali que a gente escrevia aquelas folhas soltas das nossas sensações que depois oferecíamos uma à outra.
Que bem que me sabiam essas tardes cheias de nada e de tudo!

É assim que reaprendo a viver...