domingo, 23 de setembro de 2012

Outono

quarta-feira, 22 de agosto de 2012

DIAS DE VERÃO

Gosto destes dias frescos de Verão! As portas abertas deixam entrar a brisa e dão-me o sentido de uma sensualidade antiquíssima e obscura. Não sei mesmo onde vou buscar isto... 
Lembro-me que na casa do meu avô, no verão, as janelas estavam abertas e deixavam entrar o canto das cigarras e o ladrar dos cães.
Sentava-me então numa cadeira vermelha e deixava-me ali ficar no encantamento do momento, sem fazer nada, como se a vida não estivesse correndo para a morte.
-que estás a fazer?
-nada...
E era verdade. Nunca me cansei desse nada. 
(Não fazer nada era deixar correr o pensamento à deriva, era criar-me como personagem de uma história, à minha vontade, era ser o que eu quisesse...)
Houve sempre um intervalo entre o meu pensamento e a realidade...

quinta-feira, 5 de julho de 2012

Mas afinal o que é que se passa comigo? 
Hoje tenho uma dor enorme nos pés. Quase não consigo andar embora ande com todas as dores e tudo. Não quero deixar-me abater por estas coisas. Digo a mim própria que tenho que andar para a frente mesmo que isso me custe...
Às vezes ponho-me a pensar no que eu envelheci desde que vim para Aveiro... Parece que o tempo não passa, mas passa mesmo sem que nós queiramos.
Isto deprime-me. 
Dói-me a alma e o corpo. 
Vou lanchar e a seguir marcho para o ginásio!

terça-feira, 3 de julho de 2012

O computador

Custa-me descobrir os caminhos sozinha, nesta coisa que é o meu computador. O meu filho que me ajudaria com mais paciência, tem tanto que fazer que não tem tempo. A mim sobra-me tempo, mas não tenho paciência para estas novas tecnologias...
E contudo são fascinantes!
É já noite cerrada, o serão entrou pela noite dentro e tenho que ir dormir, mas apetecia-me continuar a desbravar caminhos...
É tão bom aprender!!!

segunda-feira, 25 de junho de 2012

A verdade do corpo

O corpo reconhece o caminho percorrido.
Nao pode haver ilusoes.
Guardo dentro de mim todas as sensacoes que inventei, os desejos que ficaram por realizar...

terça-feira, 22 de maio de 2012

Tarde de descoberta

Quero escrever com letras grandes quando postar esta tarde de descoberta enquanto o meu filho trabalha lá em cima no quarto...
Estou sòzinha na cozinha e sinto a Daisy ir e vir a ladrar aos gatos que passam em frente da nossa casa. Afinal isto é muito mais simples do que eu pensava....
 Tardes de sol e de céu azul..... E tudo com a sua presença que anula e envia para longe a solidão!

domingo, 20 de maio de 2012

PRAIA


Sou uma praia invadida pelo Mar
Uma praia deserta, onde só chega o Mar

domingo, 22 de abril de 2012

Para enganar a solidão

Para enganar a solidão .... descubro mil e uma coisas para fazer........( fazer a sopa, fazer o jantar, organizar a papelada, passar a ferro....)
Para enganar a solidão ........ vou continuar a ler aquele livro que me fascinou na insónia de ontem à noite....
Para enganar a solidão .......vou fazer renda, as peguinhas que ando a fazer para o meu cunhado, os jantares que ele me oferece são tão bons e eu adoro-os....
Para enganar a solidão...... percorro em zapping a programação da TV e descubro ( que maravilha ) aquele filme de amor e sofrimento que me leva para longe da minha própria vida......
Par enganar a solidão....... fico à espera do meu filho, ele vai chegar e perguntará se o jantar está feito, que ele tem pressa, tem muito que fazer........
Para enganar a solidão......... escrevo.....

quarta-feira, 18 de janeiro de 2012

O tempo

Hoje parece-me que vivi este dia ao contrário. Desejava que chegasse a noite para o poder recomeçar. 
A noite chegou, vou agora dormir, e dou-me conta que o dia que passou é irrecuperável.
O tempo é irreversivel. Impossível voltar atrás.

domingo, 1 de janeiro de 2012

Principio do fim?

Tenho uma dor insuportavel do lado direito das costas. Doi-me tanto que agora às 5h da manhã, estou para aqui, no sofá, sem conseguir parar na cama e muito menos dormir. Dou comigo a pensar que vou morrer, que chegou a minha hora. Tantas coisas que ainda não fiz! O meu filho vai ficar sozinho, logo no início da sua vida... Não conhecerei o neto por nascer, não verei as novas estradas, as pontes, as novas praças onde as pessoas passeiam nas tardes frescas. 
Poderá isto ser o principio do meu fim?