terça-feira, 15 de junho de 2010

A rapariga do supermercado

Vi-a quando estava quase a sair. Tinha uma pele dourada de sol, o cabelo loiro e a energia da juventude. O homem que estava atrás de mim olhava-a longamente.
Ela falava ao telefone com alguém e ria divertida junto da montra de cremes bronzeadores, sentindo-se incapaz de escolher um.
O dia estava quente e a hora já tardia obrigava-me a regressar a casa onde me esperavam as tarefas habituais e enfadonhas.

(Por vezes acontece-me que o cinzento dos dias são surpreendentemente iluminados por quadros como este e se transformam em coisas boas cheias de luz e de sentido.
Quem precisa de mais? )