quarta-feira, 22 de agosto de 2012
DIAS DE VERÃO
Gosto destes dias frescos de Verão! As portas abertas deixam entrar a brisa e dão-me o sentido de uma sensualidade antiquíssima e obscura. Não sei mesmo onde vou buscar isto...
Lembro-me que na casa do meu avô, no verão, as janelas estavam abertas e deixavam entrar o canto das cigarras e o ladrar dos cães.
Sentava-me então numa cadeira vermelha e deixava-me ali ficar no encantamento do momento, sem fazer nada, como se a vida não estivesse correndo para a morte.
-que estás a fazer?
-nada...
E era verdade. Nunca me cansei desse nada.
(Não fazer nada era deixar correr o pensamento à deriva, era criar-me como personagem de uma história, à minha vontade, era ser o que eu quisesse...)
Houve sempre um intervalo entre o meu pensamento e a realidade...
quinta-feira, 5 de julho de 2012
Mas afinal o que é que se passa comigo?
Hoje tenho uma dor enorme nos pés. Quase não consigo andar embora ande com todas as dores e tudo. Não quero deixar-me abater por estas coisas. Digo a mim própria que tenho que andar para a frente mesmo que isso me custe...
Às vezes ponho-me a pensar no que eu envelheci desde que vim para Aveiro... Parece que o tempo não passa, mas passa mesmo sem que nós queiramos.
Isto deprime-me.
Dói-me a alma e o corpo.
Vou lanchar e a seguir marcho para o ginásio!
terça-feira, 3 de julho de 2012
O computador
Custa-me descobrir os caminhos sozinha, nesta coisa que é o meu computador. O meu filho que me ajudaria com mais paciência, tem tanto que fazer que não tem tempo. A mim sobra-me tempo, mas não tenho paciência para estas novas tecnologias...
E contudo são fascinantes!
É já noite cerrada, o serão entrou pela noite dentro e tenho que ir dormir, mas apetecia-me continuar a desbravar caminhos...
É tão bom aprender!!!
segunda-feira, 25 de junho de 2012
A verdade do corpo
O corpo reconhece o caminho percorrido.
Nao pode haver ilusoes.
Guardo dentro de mim todas as sensacoes que inventei, os desejos que ficaram por realizar...
Nao pode haver ilusoes.
Guardo dentro de mim todas as sensacoes que inventei, os desejos que ficaram por realizar...
terça-feira, 22 de maio de 2012
Tarde de descoberta
Quero escrever com letras grandes quando postar esta tarde de descoberta enquanto o meu filho trabalha lá em cima no quarto...
Estou sòzinha na cozinha e sinto a Daisy ir e vir a ladrar aos gatos que passam em frente da nossa casa.
Afinal isto é muito mais simples do que eu pensava....
Tardes de sol e de céu azul..... E tudo com a sua presença que anula e envia para longe a solidão!
domingo, 20 de maio de 2012
domingo, 22 de abril de 2012
Para enganar a solidão
Para enganar a solidão .... descubro mil e uma coisas para fazer........( fazer a sopa, fazer o jantar, organizar a papelada, passar a ferro....)
Para enganar a solidão ........ vou continuar a ler aquele livro que me fascinou na insónia de ontem à noite....
Para enganar a solidão ........ vou continuar a ler aquele livro que me fascinou na insónia de ontem à noite....
Para enganar a solidão .......vou fazer renda, as peguinhas que ando a fazer para o meu cunhado, os jantares que ele me oferece são tão bons e eu adoro-os....
Para enganar a solidão...... percorro em zapping a programação da TV e descubro ( que maravilha ) aquele filme de amor e sofrimento que me leva para longe da minha própria vida......
Par enganar a solidão....... fico à espera do meu filho, ele vai chegar e perguntará se o jantar está feito, que ele tem pressa, tem muito que fazer........
Para enganar a solidão......... escrevo.....
quarta-feira, 18 de janeiro de 2012
domingo, 1 de janeiro de 2012
Principio do fim?
Tenho uma dor insuportavel do lado direito das costas. Doi-me tanto que agora às 5h da manhã, estou para aqui, no sofá, sem conseguir parar na cama e muito menos dormir. Dou comigo a pensar que vou morrer, que chegou a minha hora. Tantas coisas que ainda não fiz! O meu filho vai ficar sozinho, logo no início da sua vida... Não conhecerei o neto por nascer, não verei as novas estradas, as pontes, as novas praças onde as pessoas passeiam nas tardes frescas.
Poderá isto ser o principio do meu fim?
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